Sindicatos podem reforçar greve dos Correios na semana que vem

Folha.com

19/09/2014

 

Os funcionários dos Correios em sete Estados do país começaram o segundo dia de greve nesta sexta-feira (19). Até o momento, a paralisação não recebeu o reforço de nenhum outro sindicato da categoria por enquanto, mas dez associações ainda estão para decidir se irão ou não aceitar a proposta da empresa.

 

 

Os Correios ofereceu gratificação de R$ 200 para os empregados de menor renda (até R$ 3.077) e reajuste com base na inflação para os demais. Os funcionários em greve, no entanto, pedem um aumento real de 8%.

 

 

A associação de trabalhadores do Ceará é a única a realizar assembleia nesta sexta para discutir a possibilidade de greve. A Fentect, federação nacional da categoria, espera que a votação seja adiada para a próxima terça-feira (23), para que os funcionários dos Correios no Estado decidam na mesma data que os demais sindicatos. A assembleia está marcada para as 18h30.

 

 

“O Ceará está com um indicativo de greve para a próxima segunda-feira, mas há uma orientação da federação para que unifiquem a data [da votação] para dia 23”, afirma Joel Arcanjo, um dos diretores da Fentect.

 

 

Outros nove sindicatos já agendaram assembleias para a próxima terça para decidir se irão aderir ao movimento. São eles: Amazonas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Piauí, São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), Vale do Paraíba (SP).

 

 

Procurados pela Folha, os Correios afirmaram que ainda realizam um levantamento interno para definir a abrangência da paralisação nos Estados nesta sexta. No primeiro dia da greve, a empresa informou que toda a rede de atendimento e serviços, incluindo o Sedex e o Banco Postal, estavam funcionando e que 97% dos trabalhadores, o equivalente a 122 mil empregados, trabalharam.

 

 

A companhia afirmou que está realizando o deslocamento de funcionários entre unidades, contratando mão de obra temporária e realizando horas extras para garantir o serviço nas áreas em greve.

 

 

Estão paralisados os sindicatos da categoria no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Sergipe, Tocantins e Roraima, segundo a Fentect. A empresa faz a ressalva, no entanto, de que apenas as regiões metropolitanas de Porto Alegre e Belo Horizonte estão com atividades suspensas em seus respectivos Estados.

 

 

A maioria dos sindicatos de funcionários dos Correios já aceitou a proposta apresentada pelos Correios e não irá deflagrar greve.

 

 

Os Estados e municípios que não irão entrar em greve são: Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, São Paulo, Rondônia, Rio Grande do Norte, Juiz de Fora (MG), Ribeirão Preto (SP), Santa Maria (RS), Santos (SP), Uberaba (SP) e Bauru (SP).

 

 

SEU BOLSO

 

 

Consumidores dos Estados em greve que tiverem correspondências atrasadas devem negociar com empresas credoras para evitar o pagamento de multas e juros.

 

 

Caso o atraso na entrega cause prejuízos morais ou financeiros, o consumidor também poderá recorrer no Procon ou no Juizado Especial Cível responsável.

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