POSTALIS – Mudança na Diretoria Financeira

As matérias trazidas a seguir reportam as evoluções havidas na questão da ocupação da Diretoria Financeira do POSTALIS por um empregado do instituto condenado pela PREVIC.


O desfecho do tema indica que estavam corretas as preocupações externadas pela ADCAP com relação a esse tema, assim como os conselheiros do POSTALIS que colocaram o tema em discussão nas reuniões do Conselho Deliberativo, propondo o afastamento dos envolvidos, em especial do Diretor Financeiro, pelas atribuições e responsabilidades desse cargo.


Independentemente de qualquer coisa, o Conselho Deliberativo do POSTALIS poderia ter deliberado antes pelo afastamento do Diretor Financeiro, evitando desgastes e preservando a intuição, mas não o fez, apoiado inclusive nos votos de alguns conselheiros eleitos pelos empregados – felizmente não todos.


Agora as preocupações da ADCAP se voltam para a solução que será dada para substituir o Diretor Financeiro. Esperamos que, em respeito aos participantes e às lições aprendidas, não se busque apenas um nome indicado por um ou outro partido, pois o POSTALIS não pertence ao Governo nem a nenhum partido político. Esperamos que o novo Diretor Financeiro tenha formação, competência gerencial comprovada e profundo envolvimento com os resultados a serem buscados para resgatar a adequada rentabilidade das aplicações. Esperamos que o desempenho das aplicações passe a ser efetivamente um indicador para manutenção ou troca da direção do POSTALIS (especialmente do Diretor Financeiro). Esperamos que o novo Diretor Financeiro persiga obstinadamente o objetivo de máxima transparência em suas ações. E esperamos ainda que tenha a capacidade de não se vergar a influências externas que busquem direcionar os investimentos do POSTALIS para projetos que não sejam os melhores, em termos de segurança e de rentabilidade.


O POSTALIS é dos participantes e da ECT e merece respeito !

——————————————————————————————————————————————————-


Presidente do Postalis defende diretor financeiro

Agência Estado
08 de outubro de 2013

 

O presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, defendeu, nesta terça-feira, 08, o diretor financeiro do fundo de pensão, Ricardo Oliveira Azevedo, após o Ministério da Previdência sugerir sua demissão, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. “Eu não tenho nenhum motivo para fazer nada disso (convocar uma reunião para discutir o assunto). A Previc impõe que o recurso é suspensivo, ele já apresentou suas explicações. Não tem motivo para mudança na diretoria”, afirmou, por telefone, à reportagem. “Todo cidadão, seja quem for, tem direito à defesa”, disse, perguntado se caberia um afastamento enquanto a investigação estiver em curso, como defendem associações de servidores dos Correios.

 

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) determinou em dia 21 de agosto o afastamento por dois anos de Oliveira por aplicar recursos garantidores das reservas técnicas, provisões e fundos dos planos de benefícios em desacordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Os investimentos, segundo apurou O Estado de S.Paulo, deram um prejuízo de R$ 762 milhões ao fundo de pensão. Filiado ao PT, o presidente do Postalis foi indicado para o cargo pelo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro.


Ministro discute providências para diretor do Postalis

 

Agência Estado
08 de outubro de 2013

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que “vem discutindo as providências cabíveis” para o diretor financeiro do Postalis, Ricardo Oliveira Azevedo. Dez entidades ligadas a fundos de pensão e aos trabalhadores dos Correios solicitaram ao ministro o afastamento do executivo por prejuízos causados ao Postalis, que é o terceiro maior do País em número de contribuintes. “O ministro recebeu e encaminhou a carta ao presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, com quem vem discutindo as providências cabíveis para uma solução o mais breve possível para o caso”, disse nesta terça-feira, 08, por meio de nota.

 

O Estado de S. Paulo revelou na edição desta terça, que a Previc, órgão do Ministério da Previdência, pediu o afastamento de Azevedo do cargo por dois anos devido a investimentos que geraram prejuízos de R$ 762 milhões ao fundo de pensão dos Correios. O jornal também informou que o conselho do Postalis chegou a deliberar pela demissão de Oliveira no ano passado, mas 13 dias depois, um diretor mudou o voto, o que resultou na permanência dele no cargo.

 

Antes de assumir a diretoria, Oliveira era gerente de aplicações e membro do comitê de investimentos do Postalis. O presidente dos Correios está em férias. A reportagem apurou, contudo, que tratou do tema com o ministro, mesmo de longe.


Governo determina demissão de diretor do fundo de pensão dos Correios

 

Ricardo Oliveira Azevedo teria sido responsável por investimentos que provocaram prejuízos de R$ 762 milhões ao Postalis

 

Agência Estado
08 de outubro de 2013

 

BRASÍLIA – O governo determinou, na noite desta terça-feira, 08, a demissão do diretor financeiro do Postalis, Ricardo Oliveira Azevedo, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que uma investigação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão do Ministério da Previdência, pediu, no fim de agosto, seu afastamento por investimentos que provocaram prejuízos de R$ 762 milhões ao fundo de pensão dos Correios.

 

Segundo a reportagem apurou com a alta cúpula dos Correios, foi dado um prazo até esta noite para que Ricardo Oliveira peça demissão, caso contrário haverá uma reunião da diretoria para aprovar sua saída do órgão na quarta-feira, 9. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) já vinha discutindo o assunto, mas, segundo um interlocutor, a situação se agravou após a reportagem revelar o tamanho do prejuízo.

 

Conforme o jornal apurou, interlocutores do ministério e dos Correios tentam convencer Oliveira a pedir demissão. Até o início da noite, porém, ele havia recusado a sugestão para uma saída honrosa. Mais cedo, o ministro informou que vinha “discutindo as providências cabíveis” em relação ao diretor financeiro. A reportagem pediu ao Postalis uma entrevista com Oliveira, mas não houve retorno.

 

Com base na decisão da Previc, dez entidades ligadas a fundos de pensão e aos trabalhadores dos Correios solicitaram aos ministros da Casa Civil, das Comunicações e à presidente Dilma Rousseff o afastamento do diretor por prejuízos causados ao Postalis, que é o terceiro maior do País em número de contribuintes.

 

O diretor financeiro foi mantido no cargo mesmo após a Previc determinar, no final de agosto, o afastamento dele do cargo por dois anos e aplicar multa de R$ 40 mil. Além de Oliveira, foram punidos pelo órgão outros quatro ex-diretores do Postalis. O Postalis argumenta que cabe recurso da decisão, por isso não afastou Oliveira.

 

Ata

 

Conforme O Estado de S.Paulo revelou, o conselho do Postalis chegou a deliberar pela demissão de Oliveira no ano passado, mas 13 dias depois, um diretor mudou o voto o que resultou na permanência dele. Os diretores favoráveis ao afastamento alegaram que, antes de assumir a diretoria financeira, Oliveira era gerente de aplicações e membro do comitê de investimentos do Postalis.

Funcionário do Postalis, Oliveira foi indicado para o cargo por aliados do PMDB no órgão. A diretoria financeira era controlada anteriormente por Adilson Florêncio da Costa, ligado ao PMDB do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa. A reportagem apurou que o novo diretor financeiro deve ser indicado pelo PT, que tem a presidência do Postalis.

 

Outras Notícias