impeachment pra quê?

Diário do Poder
Bronca
01/02/2015

 

Desde as passeatas realizadas ano passado nas grandes cidades brasileiras, considerável parcela do eleitorado vem clamando pelo “impeachment” da “dona” Dilma.

 

A pretensão se fundamenta no descontentamento da população diante dos sucessivos escândalos de corrupção, desnecessários e excessivos gastos públicos, conluios partidários escusos, improbidade administrativa, empréstimos externos com contratos de gaveta, perdão de dívidas estrangeiras e muitas outras graves ocorrências que têm gerado inquietação e insegurança interna à Nação. Aliás, todos esses argumentos alicerçam-se nos desmandos político-administrativos herdados pela atual presidente, praticados durante os dois mandatos exercidos pelo antecessor, considerado como conselheiro e condestável do seu governo. Ademais, alia-se à justa revolta, a perda de credibilidade da sociedade consciente na atual dirigente pelo fato de alguns membros do partido governista terem manipulado diretamente órgãos públicos, como no caso dos dirigentes e agentes dos Correios, na campanha que culminou com a vitória da candidata presidencial. O inaceitável episódio foi corroborado em vídeos fartamente exibidos na Internet, pelas redes sociais. Além do mais, tanto essa condenável ação quanto asuspeita de adulteração dos programas de dados das urnas eletrônicas, não foram devidamente investigadas pela justiça eleitoral.

 

Muito bem, considerando as atuais circunstâncias negativas de comando nos poderes da República e supondo a improvável defenestração de “dona” Dilma da primeira cadeira do Palácio do Planalto, continuará tudo como dantes no quartel de Abrantes, em vista dos malsinados integrantes da linha sucessória presidencial. Vejamos!

 

O vice-presidente, Michel Temer, está comprometido até o pescoço com o governo e a base aliada, inclusive em acordos não transparentes à vista do dividido partido que preside, o PMDB;de acordo com a Constituição Federal, o sucessor imediato é o presidente da Câmara de Deputados que está na iminência de eleger, amanhã (01-2), um potencial aliado (também do PMDB) ou o candidato do governo petista;

o terceiro a assumir a presidência será o presidente do Senado Federal. Segundo noticiário da mídia, tudo indica que será escolhido o atual presidente, ardiloso postulante à reeleição, que é festejado nas hostes palacianas de Brasília por suas indefectíveis artimanhas políticas. Igualmente, está envolvido em inúmeras suspeitas de ilegalidades, com destaque especial no rumoroso escândalo da Petrobras, de onde teria recebido polpudas propinas; finalmente, pela ordem constitucional, a última “gerência” do País nesse conturbado ciclo de incertezas e indefinições políticas, caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal, escudeiro jurídico fiel e juramentado do PT, inconteste defensor das tramóias petistas no julgamento dos mensaleiros capitaneados pelo sr. Lula.

 

Pelo que se pode depreender, segundo o dito popular, o País está “no mato sem cachorro”.

 

OREMOS!

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