Correios buscam acordos para acelerar entregas internacionais

 

O Globo
20/04/2013

Encomendas via comércio eletrônico aumentaram 389% em dois anos BRASÍLIA

Os Correios estão propondo acordos às empresas estrangeiras que mais vendem para brasileiros, via comércio eletrônico, para acelerar a entrega dos produtos no Brasil. A negociação passa pela Receita Federal, que poderá reduzir o prazo de desembaraço de mercadorias de fornecedores específicos, como já ocorre na importação de volumes maiores. Há casos frequentes, relatados em fóruns na internet, de produtos adquiridos lá fora que demoram mais de três meses para chegar ao país. Segundo os Correios, nos últimos dois anos houve uma explosão no número de encomendas expressas adquiridas pelos brasileiros no exterior (tipo de entrega conhecido como “petit paquet”). Nesse período, houve aumento de 389% no volume de encomendas apenas via comércio eletrônico. Para acompanhar essa demanda, os Correios já ampliaram seu efetivo em 170%, mas são necessários ganhos de eficiência. Escritório em Miami A maioria desses produtos vem dos Estados Unidos.

No mês passado, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) abriu um escritório em Miami para oferecer apoio aos exportadores brasileiros, mas que também será usado como base para negociações com as empresas estrangeiras de comércio eletrônico. – Queremos ampliar parcerias com quem vende para brasileiros, principalmente para acelerar a entrega dos produtos e, assim, melhorar a qualidade dos serviços – disse Wagner Pinheiro, presidente dos Correios. Concorrência acirrada Empresas como Amazon e outras gigantes desse mercado estão sendo procuradas pelos Correios também para que a estatal brasileira assegure as remessas, uma vez que essas companhias estrangeiras podem optar por qualquer empresa de entregas rápidas para enviar encomendas para os brasileiros. Nesse mercado, existem gigantes como FedEx, DHL e UPS, que podem trazer os produtos até a porta do comprador. No caso da DHL, há acordos entre a empresas e os Correios, para que as encomendas entrem no sistema do Sedex quando ingressam no Brasil. Segundo Pinheiro, até o fim do ano Correios e a Receita Federal deverão lançar também um novo sistema tecnológico que deverá acelerar a liberação de produtos adquiridos do exterior pela internet. Em novembro foi criado o Comitê Permanente de Contato Postal e Aduana (CCPA), do qual fazem parte os ministérios da Fazenda e Comunicações e suas respectivas instituições, Receita e Correios. No CCPA, busca-se um maior diálogo entre os órgãos justamente para elevar a eficiência do comércio exterior postal.

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