Adcap Net 09/02/2017 – Carta Aberta ao Sr. Guilherme Campos, presidente dos Correios – Veja mais!

NOTA DE REPÚDIO

Postal Saúde
06/02/2017

Como é de conhecimento do Sr. Guilherme Campos Junior – Presidente Da EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, a POSTAL SAÚDE – CAIXA DE ASSISTÊNCIA E SAÚDE DOS EMPREGADOS DOS CORREIOS, fundada em 30 de abril de 2013, é uma entidade de autogestão em saúde,  registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, sob o nº 41913-3,  significando dizer que  não possui  finalidade lucrativa.

Foi criada para atender resoluções normativas da ANS, e visou o interesse estratégico dos CORREIOS e, a prevenção e manutenção da saúde dos trabalhadores, aposentados e o interesse financeiro e patrimonial da própria mantenedora.

A Postal Saúde assiste hoje aproximadamente 402 mil vidas espalhadas em nosso país, de norte a sul, leste ao oeste, com uma população de beneficiários superior às capitais como: Rio Branco/AC (377.057 hab.), Boa Vista/RR (326.419 hab.), Macapá/AP (369.287 hab), Palmas/TO (265.409 hab.) e Porto Velho/RD (369.259 hab).

As repercussões das coisas boas ou ruins trafegam de maneira espantosa nesse universo de pessoas que carecem em qualquer parte do país, de um atendimento a sua saúde como beneficiário de um sistema que padece por descumprimento dos CORREIOS de um dispositivo do acordo coletivo de trabalho, ao não fazer os repasses mensais na sua integralidade pactuados, com isso gerando a suspensão dos serviços médico/odontológicos por falta de pagamento.

Não há que se falar em rombo de R$ 1.800.000,00 (um bilhão e oitocentos milhões) na Postal Saúde, conforme declarações do Sr. Presidente à uma revista de grande circulação nacional. Este é o custo real e que coincide com o orçamento de 2016 aprovado por todas instâncias da Postal Saúde e, que chegamos no final do ano com um déficit, por falta de repasse da mantenedora, de quase R$ 500 milhões e, com centenas de convênios suspensos por falta de pagamento, deixando, os Correios, de cumprir a clausula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho.

Portanto, repudiamos a declaração do Sr. Presidente dos Correios, que visa confundir a opinião pública com esse tipo de manifestação, que carece de informações reais, pois se existe rombo, com certeza não é na Postal Saúde, que possui uma administração técnica, formada por técnicos da ECT(exceto um, dos quatro diretores, que é indicado politicamente), que estão revisando todos os contratos e conseguiram em apenas 06 (seis) meses reverter, para baixo, uma curva de despesas que estava descontrolada
Temos acompanhado as infelizes declarações do Sr. Presidente, pois além desta que repudiamos porque joga para a imprensa, sem qualquer pudor a pecha na honra de quem trabalhou e trabalha nos CORREIOS e POSTAL SAÚDE com honradez, dignidade e comprometimento.

Sr. Presidente parodiando a sua frase dita em uma das suas desastradas entrevistas a uma rádio, que os CORREIOS fazem mal à saúde dos empregados, é de se perguntar porque até o momento não se adotou  medidas efetivas para melhorar as condições de trabalho,  pois nos últimos anos com a política de demissão incentivada, pela empresa e,   sem a devida recomposição dos seus quadros (há muitos anos que não é realizado um concurso público) todas as áreas seja  de apoio ou operacional estão trabalhando no limite impactando diretamente na produtividade e  na saúde de todos os trabalhadores.

Com essa verborragia em suas entrevistas o SR: FAZ MAL  AOS  CORREIOS  E A  POSTAL SAÚDE.

CONSELHEIROS DELIBERATIVOS ELEITOS  DA POSTAL SAÚDE

Carta Aberta ao Sr. Guilherme Campos, 

presidente dos Correios

Filatelia77
3 de fevereiro de 2017
Sr. Guilherme Campos,

Há alguns anos, neste mesmo Informativo, mandei uma Carta Aberta para outro presidente dos Correios, iniciando da mesma maneira que começo esta, com uma pergunta:

O senhor não se envergonha de presidir uma empresa como a ECT?

Desculpe a pergunta, mas eu teria vergonha de presidir uma empresa que já foi modelo de eficiência e que hoje, infelizmente, rola ladeira abaixo na qualidade dos serviços prestados.

Nem vou abordar aqui o segmento da Filatelia, patinho feio desprezado na sua Empresa e com o qual, mais uma vez infelizmente, estou envolvido até o pescoço no meu negócio – sou comerciante e jornalista filatélico: divulgo, compro e vendo os produtos filatélicos da ECT e, novamente infelizmente, boa parte do desempenho do meu comércio depende da sua Empresa.

Hoje quero tratar dos produtos mais elementares e afins que deveriam ser exemplo de eficiência na ECT: a entrega de correspondências e encomendas. Vamos lá:

– Cartas simples: Há alguns anos, os carteiros faziam entregas diárias das correspondências. Passaram a entregar duas vezes por semana, depois semanalmente, depois quinzenalmente e agora uma única entrega a cada vinte ou trinta dias.

Em 6 de janeiro último a administradora do condomínio no qual tenho apartamento na praia enviou uma convocação para uma assembleia de condôminos a ser realizada no dia 14/01. Carta simples, como costuma ser esse tipo de correspondência. Foi entregue no dia 31 de janeiro. Ainda bem que a síndica também enviou e-mail, pois a assembleia anterior só fiquei sabendo depois de ocorrida, uma vez que a carta também chegou com atraso. A carta foi despachada em São Paulo e eu resido em Jundiaí. O senhor sabe que são cidades próximas, uma vez que é da região: pouco mais de 50km. Percurso da carta: agência de postagem em São Paulo/central de distribuição em São Paulo/central de distribuição em Valinhos ou Indaiatuba/central de distribuição em Jundiaí e entrega no domicílio. Para esse percurso foram necessários 25 dias. Acredito que nem no tempo do Império demorava tanto…

Caso semelhante, um cliente nosso, também da cidade de São Paulo, nos enviou um pedido por carta simples no dia 9 de janeiro. Também foi entregue em 31/01.

Por causa de casos assim, os Correios perdem dia a dia um filet mignon para a empresa: as correspondências corporativas. As contas de telefone ou condomínio, as faturas dos cartões de crédito, nada chega antes da data do vencimento. Até um ano atrás, mais ou menos, todas as minhas contas chegavam via Correios. Hoje as recebo via e-mail ou capturo nos sites dessas empresas, pois não dá mais para confiar no recebimento via ECT.

Culpa do monopólio neste serviço? Não sei, mas sempre defendi esse monopólio, pois somente com ele os Correios conseguem entregar pela mesma tarifa uma carta na mesma cidade ou do outro lado do país, a milhares de quilômetros de distância. Se esse monopólio fosse quebrado, as empresas privadas não aceitariam trabalhar dessa maneira, explorando apenas as correspondências com entregas em curta distância.

– Carta registrada: Esse tipo de remessa os Correios se comprometem a entregar ao destinatário mediante assinatura, com nome legível, de quem recebeu. Mas, pasmem: por aqui virou rotina, talvez para agilizar o serviço, colocar carta registrada na caixa de correio, sem identificar o destinatário, tratando essa remessa como carta simples. Ou seja, os Correios cobram o registro mas não prestam este serviço. Um exemplo: carta registrada postada em São Paulo no dia 30 de janeiro e entregue aqui em 01 de fevereiro, número de registro JR631165757BR. Desafio o senhor a localizar o nome de quem recebeu a correspondência, pois não encontrará.

– Encomendas PAC: Não sei se já informaram para o senhor o que significa “PAC”. Segundo a ECT, o significado desta sigla é “Prático, Acessível, Confiável”. Risível. A única atitude que notei por parte dos Correios para melhorar o índice de encomendas não entregues dentro do prazo foi aumentar o prazo para as entregas. Levei um susto esta semana: No dia 31 de janeiro despachei uma encomenda PAC para a cidade de Novo Progresso, interior do estado do Pará. Prazo de entrega informado pelos Correios: 26 dias úteis. Fui ao calendário: 09 de março. Mais de um mês para entregar uma encomenda. Será transportada em lombo de burro? Bom, para conformar, está compatível com os 25 dias para entregar uma carta simples em uma distância de aproximadamente 50km, não é mesmo?

– Sedex: Nem a “menina dos olhos” dos Correios escapa. Não sei como está Brasil afora, mas por aqui, receber sedex dentro do prazo é exceção e não a regra. Com um agravante, que já vi acontecer muitas vezes, não só aqui mas em outras cidades também: a fraude de informação no sistema de rastreamento, para não caracterizar atraso. Funciona assim: se a unidade de distribuição está com um sedex para entregar no último dia de prazo e não consegue, lança no sistema que saiu para entrega e pouco depois faz novo lançamento: “entrega não realizada – carteiro não atendido”, assim ganha mais um dia para entregar sem caracterizar atraso. Há anos vejo isso acontecer e posso lhe informar um caso recente: SS577837519BR.

No ramo que atuo, a Filatelia, são muitos os problemas. Muitas são as reclamações, pois os Correios estão enterrando este segmento. Mas ficarão para outra oportunidade.
Pois é, sr. Guilherme, quando os Correios divulgam sua performance em pesquisas de opinião, fico me perguntando quem respondeu essas pesquisas.

Sei que tem um agravante: é empresa pública, que sofre muita interferência política na sua gestão. Já conheci muitos gestores na ECT que eu não colocaria para administrar uma barraquinha na feira. Mas conheço também dezenas (talvez centenas) de funcionários na ECT que suam a camisa e fazem o possível e o impossível (às vezes alguns milagres também) para nos oferecer um ótimo atendimento. Fazem isso porque têm uma carreira pela frente, não são efêmeros na empresa como os administradores com indicação política. Desculpe, sei que ocupa um cargo com esse tipo de indicação, mas lhe peço: tire a ECT dessa situação.

Atenciosamente,
Julio César Rodrigues de Castro.

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